Filme "O Mar de Antônio Peregrino
Uma manhã no sertão baiano, 1969. No topo de uma colina, três mulheres se encontram. Caladas, elas veem como lá embaixo a cidade na qual viveram por toda a sua vida desaparece debaixo d’água.
O Mar de Antônio Peregrino narra a fascinante história do peregrino Antônio Conselheiro, fundador do arraial de Canudos. Numa região temida pelas suas longas secas, milhares de camponeses e índios desterrados se uniram numa comunidade solidária e construíram uma verdadeira Utopia sertaneja. Mas o exército da República veio para varrer a cidade de Canudos do mapa, dizimando a população. O que ficou foi uma profecia, que se tornou conhecida por todo o Brasil: o sertão viraria mar e o mar viraria sertão. Muitos anos depois, estas palavras iriam adquirir um significado inesperado.
O Mar de Antônio Peregrino vai em busca do povo e dos sonhos de Canudos. Uma longa caminhada, nos trazendo um filme repleto de encontros calorosos com um povo forte que nunca se rendeu, embalado pela música da esperança e da saudade.
Cinema itinerante
Os cineastas Mendel Hardeman e Susanne Dick passaram sete anos trabalhando neste filme. Para encerrar as gravações, montaram um cinema itinerante para levar cenas filmadas de volta às pessoas retratadas. Em pequenos vilarejos sem eletricidade ou água, ao cair da tarde, os moradores se reuniam frente a uma parede branca para a primeira sessão de cinema de suas vidas. Esta experiência muito especial acabou levando à idéia de mostrar o filme da mesma forma também na Europa. Exibições do filme podem ser montadas por qualquer pessoa que quiser. Para isso, assim como no sertão, precisa-se de apenas duas coisas: um grupo de pessoas e uma parede branca. O próprio cineasta vem mostrá-lo com o seu cinema itinerante.
O programa dura 130 minutos, incluindo o bate-papo com o cineasta e o filme é em Português com legendas em Alemão.
Entrada: pague quanto quiser
Quando: 21/04/2016, 19:30
Onde: Flüelastrasse 54, 8047 Zürich
Film "Das Meer des Pilgers Antonio"
Ein Morgen im brasilianischen Landesinneren, 1969: Auf einem Hügel stehen drei Frauen. Schweigend schauen sie zu wie die Stadt, in der sie ihr ganzes Leben gewohnt haben, im Wasser versinkt.
Das Meer des Pilgers Antonio erzählt die Geschichte des Pilgers Antonio und dem von ihm gegründeten Freistaat Canudos. Mitten im Sertão – einer von langwierigen Dürren heimgesuchten, abgelegenen Gegend – fanden sich Tausende heimatlose Indianer, geflüchtete Sklaven und arme Landarbeiter in einer utopischen Gemeinschaft zusammen, die auf Solidarität beruhte. Doch ihre Stadt wurde von der Armee dem Erdboden gleichgemacht. Zurück blieb eine Prophezeiung des Pilgers, die in ganz Brasilien bekannt wurde: Die dürre Wildnis von Canudos würde zu Meer werden. Jetzt, Jahre später, bekamen diese Worte plötzlich eine unerwartete Bedeutung.
Das Meer des Pilgers Antonio macht sich auf die Suche nach den Menschen und Träumen von Canudos, reisend durch Dürre und Wasser, durch Hoffnung und Heimweh, ein tief empfundenes Vertrauen findend, sich wiegend in der Musik und dem trägen Rhythmus der Zeit im gnadenlosen Sertão.
Das Reisende Kino
Sieben Jahre lang arbeiteten Mendel Hardeman und Susanne Dick an ihrem neuesten Film. Am Ende der Dreharbeiten brachten sie Ausschnitte des Films als reisendes Kino zurück in die Gegend, wo die Geschichte sich abspielte. In kleinen abgelegenen Dörfern ohne Wasser und Strom versammelten sich nach Sonnenuntergang Menschen vor einer weißen Hausmauer, um sich den ersten Film ihres Lebens anzuschauen.
Während dieser sehr berührenden Abende entstand die Idee, den Film - wo immer Menschen ihn sehen wollen - auch in Europa auf diese Weise zu zeigen. Gastgeber einer Vorführung werden kann jeder der möchte. Wie in Brasilien benötigt man dafür nur zwei Dinge: eine weisse Wand und Menschen, die den Film sehen möchten.
Der Regisseur ist anwesend und bringt ausgiebig Zeit für Fragen und Gespräche mit.
Programmdauer: 130 min. inkl. Einführung des Regisseurs. Der Film ist in Portugiesischer Sprache mit deutschen Untertiteln.
Eintritt: Kollekte
Wann: 21/04/2016, 19:30
Wo: Flüelastrasse 54, 8047 Zürich
Fotos: Leta Motta
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